Pentiium MMX - quando o marketing decide criar processadores


Foi o golpe de génio do ano por parte do departamento de Marketing, mas foi um flop na altura, tudo o que precisam saber sobre o Pentium MMX!!!!!!!


Estávamos em 1996 quando a intel decidiu lançar o Pentium MMX, mas com uma campanha de Marketing que nem lembra ao diabo, segundo eles as instruções MMX podiam tornar a execução de aplicações multimédia até 400% mais rápida, já que até 4 instruções de 16 bits ou 8 de 8bits poderiam ser processadas como se tratasse de uma só instrução. Mas não foi bem assim…


Teoricamente tinha tudo para dar bem, era apresentado o processador do momento como tendo um salto de performance significativo, mas havia um problema, é que as instruções MMX eram destinadas ao processamento de números inteiros, e na época os jogos e software de edição de imagem, compressão de vídeo e áudio eram processadas com instruções de virgula flutuante, ou floating point, como queiram chamar. Para complicar ainda mais as coisas, os registos usados para o processamento das instruções MMX eram partilhados com o co-processador aritmético, reduzindo ainda mais o desempenho das aplicações que precisavam combinar o uso de instruções MMX e instruções de floating point, como é o caso dos jogos 3D e aplicativos gráficos.

Nem tudo era mau, atenção, os Pentium MMX mesmo não tendo aquela performance abismal como prometida pelos gajos do Marketing (onde já se viu…400%...) por falta de optimização do software, eles vinham com cache L1 de 32kb em vez dos 16kb dos Pentium normais o que lhe dava uma clara vantagem – entre a 6 a 10% (LOUCURA MEUS AMIGOS!) e aquela sensação de ser um processador revolucionário… e foi… No entanto em alguns jogos e  programas de edição de imagem, vídeo e áudio, assim como software optimizado, os ganhos subiam até uns 30%, ok não era o prometido, mas 30% na altura e mesmo nos dias de hoje  é uma diferença significativa.

O Pentium MMX foi lançado nas versões 166Mhz e 266Mhz socket 7, sendo que a partir dos modelos 200Mhz a Intel decidiu deixar o encapsulamento de cerâmica e assim começar a usar o encapsulamento plástico com um dissipador metálico. Acho que esta mudança foi a verdadeira novidade, pois como a malta sabe, o dissipador metálico é mais eficiente no que toca a dissipação de calor do que a cerâmica, o que ajuda ao cooler manter fresquinho o processador...

As instruções MMX tinham tudo para ser a tecnologia da altura, mas foi ignorada pelos programadores na altura, não tiveram aquela aceitação que a engenharia, quer dizer, que os gajos do Marketing queriam, mas temos de olhar pelo lado positivo, se não fosse a desgraça do MMX e Intel não teria lançado as instruções SSE a partir do Pentium III.




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